A água é poesia em movimento. Ela nasce silenciosa, emergindo de rochas e raízes, correndo em riachos que dançam com o vento, até ganhar força e desbravar o mundo em rios caudalosos. Sua essência é metamorfose: ora calmaria, ora tempestade, cada gota traz em si uma história do tempo, um segredo da Terra.



Ao tocar a superfície de um lago, ela reflete o céu, espelhando o universo em mil detalhes — nuvens, estrelas, o voo de um pássaro solitário. Na vastidão do oceano, cada onda tem o poder de transformar, de moldar pedras, desenhar praias e, ao mesmo tempo, ecoar o mistério do desconhecido. E nas mãos do homem, ela se torna vida, nutrição, respiro.

A água é generosa, acolhendo em seu seio peixes, corais, algas, e até mesmo as nossas próprias emoções. Chorar é deixar-se levar por suas correntes internas, é dar voz à alma em estado líquido. Afinal, ela está em nós, preenchendo veias e células, renovando nossa essência a cada gole, a cada banho de chuva, em um ciclo eterno de vida e renascimento.

Fluir é seu mantra, sempre em busca de novos destinos, seja para alimentar uma nascente, um campo verde, ou os mistérios de nossa imaginação.
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